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Acidente Vascular Cerebral

AVC

O Acidente vascular cerebral (AVC) é um distúrbio cerebral adquirido após oclusão de um vaso ou perfusão inadequada no parênquima cerebral.
O AVC é a principal causa de morte em Portugal. Em todo o mundo, estima-se que: uma em cada seis pessoas terá um AVC; a cada segundo uma pessoa sofre um AVC; e a cada 6 segundos o AVC é responsável pela morte de alguém. 
De acordo com a Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral, Portugal é, na Europa Ocidental, o país com a mais elevada taxa de mortalidade, sobretudo na população com menos de 65 anos de idade.

Os factores de risco para o AVC incluem a idade, o sexo, a obesidade, a diabetes, a hipertensão arterial, a hipercolesterolémia e estilo de vida sedentário.

Sintomas
De um modo geral, é simples reconhecer um AVC recorrendo à regra dos 5 F’s. Estes sintomas podem surgir de forma isolada ou em combinação:
Face: a face pode ficar assimétrica de uma forma súbita, parecendo um “canto da boca” ou uma das pálpebras estarem descaídos. Estes sinais poderão ser melhor percebidos se a pessoa afectada tentar sorrir.
Força: é comum um braço ou uma perna perderem subitamente a força ou ocorrer uma súbita falta de equilíbrio.
Fala: a fala pode parecer estranha ou incompreensível e o discurso não fazer sentido. Com frequência, a pessoa parece não compreender o que se lhe diz.
Falta de visão súbita: a perda súbita de visão, de um ou de ambos os olhos, é um sintoma frequente num AVC, bem como a visão dupla.
Forte dor de cabeça: igualmente, é importante valorizar uma dor de cabeça súbita e muito intensa, diferente do padrão habitual e sem causa aparente.

Poderão surgir outros problemas como retenção urinária, dor, depressão, fadiga e aumento do tónus muscular. As limitações funcionais decorrentes do AVC são habitualmente a dificuldade para a marcha e para o desempenho de cognitivos como a perda de memória, de atenção e de percepção visuo-espacial, as dificuldades na comunicação, na estar presentes.
Como resultado destas incapacidades, muitos indivíduos poderão ter dificuldade em usar os transportes públicos, em profissional anterior. Alguns necessitarão de supervisão. 

Qual o tratamento para o AVC?
Os medicamentos mais úteis para o tratamento e prevenção do AVC são os anti-hipertensores, os antiagregantes plaquetários e os anticoagulantes. No seu conjunto, estas três classes de fármacos melhoram a circulação e garantem um melhor aporte de sangue, oxigénio e nutrientes às células cerebrais.
A escolha da melhor combinação de medicamentos deverá sempre ser realizada pelo médico.
Em alguns casos, a cirurgia poderá ser fundamental para desbloquear uma artéria entupida.
 
Como prevenir um AVC?
É importante controlar todas as componentes da nossa saúde, verificando regularmente a pressão arterial e o colesterol, não fumando nem consumindo álcool ou sal em excesso, mantendo uma dieta saudável e praticando exercício físico.
  
Qual a recuperação após um AVC?
A recuperação de um AVC demora tempo. Cerca de um terço dos doentes recupera de um modo significativo no primeiro mês mas muitos doentes irão exibir sequelas ao longo das suas vidas.
A recuperação irá depender da localização e extensão do AVC mas também do tempo decorrido, razão pela qual é crucial o recurso imediato ao Hospital quando existe suspeita de desenvolvimento de um AVC.
A fisioterapia e a alteração no estilo de vida são aspetos importantes para a recuperação. A manutenção de uma atitude positiva, o suporte profissional e familiar são peças importantes para que tudo possa correr o melhor possível.

Objectivos de um programa de reabilitação/Fisioterapia: 

  • Reeducação sensitivo-motora

  • Alívio da dor e da espasticidade

  • Treino das perturbações da fala, deglutição, visão, alterações cognitivas

  • Recondicionamento físico geral

  • Treino funcional e das Actividades do Dia-a-Dia

  • Melhoria da marcha , equilíbrio e coordenação 

  • Prevenção de posturas viciosas e contracturas

  • Ensino e redução dos factores de risco cardio-vasculares

  • Ensino e aconselhamento de produtos de apoio (ortóteses, talas, etc)

  • Retorno às actividades laborais, vida quotidiana e actividades desportivas 

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