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Esclerose Múltipla

esclerose múltipla

A Esclerose Múltipla (EM) trata-se de uma doença neurológica crónica, mais comum no adulto jovem, e que surge habitualmente na terceira década de vida, com o dobro da frequência no sexo feminino.
 
A maioria dos casos é diagnosticada entre os 20 e os 50 anos, embora possa afectar pessoas com idades entre os 2 e os 75 anos.
 
Embora não seja uma doença fatal, é muito incapacitante, afectando de modo significativo todos os aspectos da vida dos pacientes.
 
Esta doença afecta o sistema nervoso central. As fibras nervosas das células do sistema nervoso estão revestidas por uma bainha chamada mielina que é essencial para que os estímulos sejam correctamente propagados. Na esclerose múltipla a mielina é destruída, assim se impedindo uma adequada comunicação entre o cérebro e o corpo. Por outro lado, o processo inflamatório que ocorre nesta doença lesiona as próprias células nervosas, causando perda permanente de diversas funções, dependendo dos territórios afectados.

Não se conhece a causa exacta desta doença, mas admite-se que para ela podem contribuir diversos factores de natureza genética, imunológica, viral, bacteriana, ambiental (dieta, toxinas industriais presentes no solo ou na água), níveis reduzidos de vitamina D, alergias, trauma físico, etc.

Sintomas
Os primeiros sintomas podem ser de natureza sensitiva, como perda de sensibilidade ou formigueiros que começam numa extremidade e se vão estendendo a todo o membro ao longo de 3 ou 4 dias. Esses sintomas podem durar 1 a 2 semanas e depois desaparecem de modo gradual.
 
A EM pode manifestar-se inicialmente de outras formas, sendo frequente a visão turva, a visão dupla, os défices motores, tremores, dificuldade na marcha, alterações do equilíbrio, dificuldades na fala, problemas de memória e de concentração, fadiga, ou mesmo paralisia e perda completa de visão.
 
Os sintomas estarão sempre dependentes das zonas do sistema nervoso onde ocorre a perda de mielina e a consequente incapacidade de transmissão dos estímulos nervosos.
 
Estes sintomas podem evoluir de diversas formas, conforme descrito acima, aparecendo e desaparecendo ou progredindo gradualmente.
 
A evolução para paralisia completa é rara, embora muitos pacientes venham a necessitar de auxílio na marcha, dada a presença de fadiga, fraqueza e desequilíbrio.

Tratamento
A esclerose múltipla não tem cura e os medicamentos disponíveis podem somente “modificar” ou retardar a sua evolução, reduzir a frequência e a gravidade dos surtos, reduzir a acumulação de zonas lesadas no sistema nervoso e ajudar os pacientes a lidarem com os sintomas.
 
A definição do melhor tratamento para cada caso dependerá sempre de uma avaliação médica.
 
Os grupos de medicamentos mais utilizados englobam os corticosteróides, que ajudam a combater a inflamação e os interferões, que reduzem o risco de ocorrência de surtos de esclerose múltipla, reduzindo igualmente a sua gravidade e os danos por eles causados.
 
Nas formas mais graves, pode-se recorrer a medicamentos de outra natureza, como os citostáticos.
 
Todos estes tratamentos podem ser complementados com outros tipos de apoio, definidos em função das dificuldades sentidas por cada paciente.

Objectivos de um programa de reabilitação/Fisioterapia: 

  • Reeducação sensitivo-motora

  • Alívio da dor e da espasticidade

  • Treino das perturbações da fala, deglutição, visão, alterações cognitivas

  • Recondicionamento físico geral

  • Treino funcional e das Actividades do Dia-a-Dia

  • Melhoria da marcha , equilíbrio e coordenação 

  • Treino vesical

  • Ensino e aconselhamento de produtos de apoio (ortóteses, talas, etc)

  • Retorno às actividades laborais, vida quotidiana e actividades desportivas 

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